quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Sem nome,e definição


Qual o ponto mais importante dentro de você? Qual deles pode prejudicar todo o seu corpo apenas por mau funcionamento? Não é preciso ser médico para sabermos que essas descrições definem o coração. Órgão principal do corpo e da alma.

Todas as dores, alegrias, medos, bênçãos, cada sentimento ruim ou bom, encontram abrigo dentro dos nossos corações. Muitos alegam que não temos a capacidade de escolhermos quais dos sentimentos viverão aqui dentro de nós, mas é claro que estes não tiveram a coragem de tentar retirá-los.

Às vezes nos seguramos na dor por que ela é a única coisa que nos resta, nos seguramos na saudade porque ela nos trás lembranças de algo bom que passou. Seguramos-nos nas fotografias, nas cartas, nos papéis de presentes, e ursinhos surrados, estes porque são os únicos que podemos abraçar para não deixarmos transbordar a dor dos olhos.

É incrível a capacidade do ser humano de guardar. Guardar as lembranças e os objetos que vieram com elas, guardamos até as pessoas que as trouxeram, mesmo quando dizemos que iremos deixá-las de lado,e apagá-las da nossa história e do nosso coração,o que infelizmente não é possível.

Não se apaga nenhuma linha da nossa historia o máximo que fazemos é irmos para a próxima página, mas quem nunca voltou à página de uma história por gostar dela demais? Ou tentou rasgá-la quando a releu demais e não teve coragem para apenas deixá-la de lado? Quem nunca sentiu o coração perder uma batida ou duas ao lembrar-se de alguma coisa, ao perder alguém, ao rever o passado. Não há como controlar.

Que coisa maluca ser um humano, que coisa tão louca ter que tentar administrar esse turbilhão de sensações, que nos conforma, nos enlouquece, nos encoraja... Mas quem trocaria tudo isso? Eu não, e creio que nenhum de nós abandonaria a capacidade de sentir tantas coisas, e por mais angustiantes que algumas possam ser, outras as superam rapidamente, no mínimo vestígio de sua chegada.


A todos os corações que perderam pedaços no meio do caminho.


Maria.

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