sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Perdão (Forgiveness) {Pardon}

Todas as noites antes de dormir, por mais breve que seja a consciência sempre pensamos em algo ou em alguém. Mas não importa necessariamente como, as coisas apenas vêem na nossa cabeça e preenchem com o que já aconteceu,ou poderia ter acontecido. Numa dessas noites me deitei pensando em uma discussão que tive há alguns dias atrás, e que mesmo boba me levou a pensar em perdoar ou não.
“Perdoar é divino” não importa a religião ou a crença, o conceito de perdão é admitido por todas as culturas. Mas de que vale o perdão?  Pensei que a resposta viria imediatamente, e de forma incrível o sono me foi afastado e acabei por me pegar pensando no perdão. Ok, perdoar é importante pelo fato de, de... Não achei uma resposta imediata e racional, conforme a exigência da pergunta.
O perdão não pode ser racional, porque não é racionalmente que o concebemos, nem pode ser planejado, porque sempre o aceitamos de supetão. Por mais que digamos que perdoar é fácil, e que difícil é esquecer, não temos noção da relatividade que existe nisso. Como pode ser fácil conceber o perdão a alguém que nos magoou sem sequer pensar nas conseqüências? Como podemos perdoar alguém que foi destinado a nos amar, e que insiste em cumprir a função contraria?
Esquecer pode não ser fácil, mas é uma escolha. E perdoar é apenas uma expectativa existente entre duas almas, a de quem magoa, e a de quem foi magoado. Você não escolhe perdoar, você perdoa intuitivamente, por uma vontade que não tem controle, sem ordem para acontecer ou parar.
Daí me deu uma vontade de perdoar, mas por quê? Não sei, veio do nada, como se fosse à única saída para me sentir menos pesada e inquieta ao dormir. Escolhi esquecer, talvez para dar espaços a novas lembranças, melhores ou não. Apenas escolhi.
Então concordo com a frase cristã, ”Perdoar é divino” por que vem de algo maior que o nosso mero entendimento humano. Perdoar vem da vontade de voltar a amar livremente, sem culpa, sem receio, e sem dor.
Ao meu irmão.
Maria.

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