Depois de algum tempo, você
aprende a diferença entre amor e paixão, aprende que não importa o quanto você
venha a sofrer por alguém, basta apenas que esse alguém te dê uma mínima dose
de atenção, para que qualquer sofrimento venha a ser esquecido. Você começa a
entender o que te faz mal e o que te faz bem, mas também começa a suportar
qualquer coisa que te magoe apen
as para não perturbar o sonho que seu coração começou
a criar, você sabe que no fundo vai sair muito magoado, mas isso não é um
argumento forte o suficiente para te fazer parar.
Quando fazemos qualquer plano com
alguém, criamos grandes expectativas, e mínimas margens de erro, sem ao menos perguntar
a esse outro alguém se ele concorda com todos os nossos planos, ou gostaria de
planejar conosco. É nessas horas que ficamos
nos perguntando o porquê de não escutarmos a nossa bendita consciência, e a sua
irritante mania de falar baixo quando o coração ataca de comandante.
Ficamos ainda remoendo o fato de tantos conselhos alheios terem sido jogados
fora, e pensando que em outras ocasiões eles jamais seriam desprezados.
É impressionante o quanto nos tornamos
lúcidos á vida, quando o nosso coração é magoado, e a partir daí passamos por
uma insistente vontade em achar o culpado para a nossa decepção. Ah, como é
fácil buscar atribuir a culpa para alguém, quando nem sequer passa pela nossa
cabecinha, que a culpa não pode ser de ninguém, por pertencer exclusivamente a
nós. Somos nós os culpados, pelas nossas decepções, somos nós aqueles que se
abastassem de esperança, sem ao menos indagar se ela pode ser real.
Com tudo isso, prometemos sermos
mais vigilantes quando o quesito for se apaixonar, e é aí que a começamos a nos
enganar de novo, pois sabemos que a melhor das sensações em se apaixonar é
entregar-se sem reservas. Então no final de tudo, o que importa é aprendermos
que por mais que o nosso coração seja magoado, e o nosso ego reprimido, mais
cedo ou mais tarde aprendemos a nos reconstruir.
Bom começo!
Maria.