sábado, 5 de março de 2011

Somos palhaços, [We are clowns] {Nous sommes des clowns}


Todos riem com o palhaço, e ele sempre ri, mas não sabemos ao menos a verdadeira face do palhaço que se esconde na máscara de cor que usa. Não sabemos se o palhaço anda triste, e sorri com lágrimas nos olhos, não sabemos se o palhaço deseja o mal enquanto escancara a boca com dentes pintados. Nós não conhecemos os palhaços.

Os palhaços necessariamente não precisam estar fantasiados e pintados, apenas usam outra imagem, que esconde tudo o que ele anseia por disfarçar. Pode ser para enganar aqueles que estão por perto, enganar para se proteger, enganar para sumir, enganar para ferir... Há máscaras e mais máscaras dentro de cada um, cada um tem um pouco do palhaço.

Fugir é sempre comum a natureza humana, nós sempre fugimos daquilo que pode ferir o nosso ego. Não importa de que forma, ou em quem isso cairá, nós não nos importamos com as conseqüências de uma fuga, o que nós queremos é um resultado imediato, que nos desvie do caminho que pode nos ferir.

Ao fugirmos deixamos muito para trás, e alguma vezes não nos importamos com o que ficou, ou como ficou. Deixamos amigos, família, amores, tudo o que um dia pode nos ferir, e criar uma dor que não tem remédio, e não é esquecida. Pode ser que fugir nos traga péssimas sensações, e algumas dores, mas ficar nos causaria dor tamanha, que desnortearia o nosso destino, conseqüentemente não conseguíramos seguir.

Somos fracos, e egoístas, mas amamos, e protegemos. Temos a incrível capacidade de criar coragem, quando a dor faz menção a machucar aqueles que amamos. A dor de um homem é suportável, quando esta não fere aqueles que ocupam os vossos coraçõesOs palhaços ainda tristes cumprem a missão de fazer os outros rirem.







Maria.

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