Em vez de um ponto, uma vírgula

A dor da saudade é a maior prova de que algo bom existiu.

Meus dias não são mais tão barulhentos... caminho por corredores vazios, escassos. Não vejo mais os mesmos sorrisos calorosos e verdadeiros daqueles que quando se vê dá vontade de sorrir também (normalmente). Ninguém  gosta de provocar uma dor, a dor da perda, do fim, do arrependimento, mas convenhamos que algumas delas nos trazem a sensação de um vazio que completa.

O vazio de algo que passou tão rápido, ultrapassando o limite da saudade, e que nos dá a certeza de que um dia algo firme estava ali.  E então vem a dor, a dor que rasgou o peito, que nos dá a certeza que tudo passou, se foi, e você fica pensando: ''será que foi um sonho?'' Não, sonhos não terminariam tão bem assim, sonhos são desorganizados, e nem sempre contemplam-se com a imagem de todos. Sonhos na maioria das vezes não tem sentido, nem música, nem cheiro, nem cor...

O mundo real é a prova de que construímos algo que valeu a pena. Me orgulho até mesmo da dor, se algo dói quando se vai é porque te trouxe muito mais risos quando chegou. Que as novas histórias sejam tão bem escritas como essa (o que eu acho meio difícil) . Creio que a partir de agora as historias podem não ser mais tão completas, mais tão puras... Não há medo do esquecimento, do desdém. Não há medo do arrependimento. O amor não deixa que nada de verdadeiro se vá.

Ao meu terceiro D,

Maria.